Por Yuri Sanchez, Managing Director e Cofounder da Peers Consulting*
Desde o início do ano, com a retomada da economia e de investimentos, estamos percebendo que muitas empresas estão realizando ou planejando realizar iniciativas de crescimento dos seus negócios, por meio de reestruturações ou por fusões & aquisições (M&A).
Quando uma empresa opta por iniciar um processo de fusão ou aquisição como estratégia de expansão, uma etapa imprescindível do Pré-M&A é o due diligence (do inglês, diligência prévia). Esse processo é um conjunto de atos investigativos financeiros e operacionais que deve ser realizado pelo interessado em adquirir uma empresa, mas que também pode ser feito por quem está interessado em vender o negócio.
No nosso país pratica-se muito o due diligence financeiro, razão pela qual a maioria dos empresários tem o equívoco de que esse processo só é aplicável dentro dessa esfera. O foco deste texto é ampliar seu campo de visão e mostrar o quanto o due diligenceoperacional é importante e traz a possibilidade de maior assertividade nas negociações de M&A.
Uma série de questões devem ser analisadas antes da conclusão do negócio, como por exemplo:
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Qual o nível de serviço e eficiência da operação logística das empresas envolvidas? Quais os ganhos com a integração dos modelos?
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Qual a estratégia comercial (modelo de abastecimento, cobertura de estoque, políticas de pricing, políticas de comissionamento, etc.) que melhor atende a operação futura? Quais os ganhos com a padronização dos modelos?
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Qual a arquitetura de TI das partes, os sistemas core e satélites? Quais os mais adequados para a operação futura, quais custos e ganhos temos em uma eventual padronização dos sistemas em ambas as operações?
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Quanto tempo para realizar essas integrações?