Os principais aprendizados do maior evento de tecnologia e inovação financeira do país
Entre os dias 10 e 12 de junho, a Peers marcou presença no Febraban Tech 2025, acompanhando de perto os debates que estão moldando o futuro do setor financeiro no Brasil e no mundo. Nesta edição, a inteligência artificial deixou de ser apenas uma promessa e apareceu como protagonista nos painéis e discussões — agora com aplicações reais, aprendizados concretos e, claro, limites bem evidenciados.
Reunimos os principais insights dos nossos consultores que estiveram no evento para destacar o que mais chamou atenção nesses três dias de imersão:

1. IA com propósito — e com responsabilidade
Se em 2023 a conversa ainda girava em torno do “potencial da IA”, em 2025 o foco está na maturidade. A IA generativa já está sendo aplicada no front-end de instituições financeiras para melhorar a experiência dos clientes, mas também ganhou espaço em processos internos, como desenvolvimento de software, gestão de APIs e suporte a decisões estratégicas.
Apesar do entusiasmo, surgiram alertas importantes: a IA não é solução universal e precisa ser utilizada de forma ética, explicável e auditável, principalmente em aplicações críticas como concessão de crédito. Modelos que entregam respostas diferentes para variáveis idênticas, por exemplo, comprometem a confiança institucional e podem gerar impactos regulatórios graves.

2. Segurança: a corrida silenciosa contra as fraudes
Com a evolução das tecnologias, evoluem também os riscos. Diversas instituições compartilharam como estão ampliando suas defesas para lidar com fraudes, golpes e lavagem de dinheiro, usando IA e big data para antecipar comportamentos suspeitos. A cibersegurança, nesse contexto, se consolida como um pilar essencial da governança e da resiliência operacional.

3. Hiperpersonalização como diferencial competitivo em um cenário de uso massivo de IA
Com o avanço exponencial da IA, sua aplicação tem se tornado cada vez mais acessível e, por isso, menos diferenciadora por si só. O que realmente se destaca agora é a capacidade das instituições de integrar diferentes algoritmos e ferramentas para entregar experiências personalizadas e relevantes aos clientes.
Nesse contexto, a hiperpersonalização surge como um diferencial estratégico. Não basta apenas usar IA, é preciso saber orquestrá-la para criar jornadas únicas, conectadas ao momento e comportamento de cada usuário. O Open Finance tem sido um habilitador importante nesse processo, ao permitir acesso estruturado a dados que potencializam essa personalização em escala.
A combinação entre dados bem governados, ferramentas inteligentes e foco real na jornada do cliente tem sido a chave para transformar tecnologia em vantagem competitiva.

4. Pix 2.0: mais que um meio de pagamento, um ecossistema de inovação
Pix com Garantia, Pix Automático, Pix Parcelado. O Banco Central apresentou as evoluções da tecnologia que já transformou a forma como pagamos, compramos e acessamos crédito no Brasil. Agora, com novas funcionalidades, o Pix entra de vez na disputa por protagonismo no varejo, substituindo soluções tradicionais de pagamento e simplificando operações para consumidores e empresas.

5. Liderança, ESG e transformação cultural
Um ponto transversal aos três dias foi a necessidade de preparar lideranças para navegar em um ambiente cada vez mais digital, complexo e regulado. O ESG apareceu tanto nas discussões sobre diversidade e governança quanto no uso de tecnologia para promover integridade e combater a corrupção. A conclusão é clara: tecnologia sem cultura não sustenta transformação.

6. Alianças estratégicas como motor de inovação
Em um cenário de evolução acelerada, onde as empresas buscam inovação de forma acelerada, parcerias estruturadas se tornaram fundamentais para gerar valor em escala. A construção de um ecossistema robusto de parceiros a partir das suas melhores práticas, conectando soluções complementares e promovendo ganhos reais para os clientes é um movimento muito importante dos grandes players do mercado. Mais do que uma tendência, a colaboração entre empresas passou a ser vista como um dos principais caminhos para acelerar a inovação e responder aos desafios do setor com agilidade.
A participação da Peers no Febraban Tech reforça nosso compromisso com a inovação aplicada, com os olhos voltados para o impacto real nos negócios dos nossos clientes. Agradecemos aos nossos profissionais Bruno Horta, Cícero Santos, Fabiana Ribeiro, Fernanda Casagrande, Frederico Capual, Laura Ton Azevedo, Lucien Cohen e Tales Marongio por representarem a Peers nesse encontro tão relevante para o futuro do setor financeiro.