Nós da Peers Consulting tivemos a oportunidade de estar no Insurtech Brasil 2024 e conseguimos reunir grandes tendências e visões estratégicas durante o evento:
O principal encontro de inovação, tecnologia do ecossistema de insurtechs aconteceu no dia 3 de julho de 2024, nesse evento reuniu diversos líderes do setor além da presença do regulador (SUSEP) e inovadores para discutir tanto tendências emergentes quanto melhores práticas que estão moldando o futuro do mercado de seguros.
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1. Inovação e Impacto Social no Setor de Seguros – Visão do Regulador
Pelo ponto de vista da Diretora de projetos da SUSEP, Julia Lins, historicamente as inovações tecnológicas têm desempenhado um papel fundamental em grandes revoluções no mercado. A transformação digital não será diferente disso, principalmente quando a tecnologia tem seu propósito para gerar impacto social positivo.
Segundo a Julia, um país emergente como o Brasil, essas inovações devem promover o bem-estar social e impulsionar o desenvolvimento econômico, pois auxilia sanar os problemas de desigualdade e acesso, característicos da nação, provendo soluções e, eventualmente, produtos para auxiliar as demandas da união e dos cidadãos.
Dessa forma, destaca que o regulador vem provocando o mercado na finalidade de promover o desenvolvimento tecnológico com o foco no cliente final. Assim, destaca a importância das iniciativas regulatórias como SRO (Sistema de Registro de Operações), OPIN (Open Insurance), além do novo edital do SandBox Regulatório.
Esses projetos são um primeiro passo para movimentar o ecossistema de seguros em direção à transformação tecnológica agregada ao foco na experiência do cliente no qual poderá agregar valor no mercado através de customização de produtos, novos canais para atendimento de forma ampla e irrestrita, à todo território nacional e à todas as pessoas.
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2. Utilização de Dados em Seguros
Em 2023 foram transacionados cerca de 100 zettabytes ao redor do mundo.
Para garantir a qualidade do trabalho dessa quantidade de informações para tomada de decisões é utilizado cada vez mais as análises preditivas, aumentando cada vez mais o número de variáveis a serem utilizadas.
Dentro do mercado de seguros essas análises são utilizadas principalmente para prevenção e combate a fraudes, assunto que vem ganhando notoriedade nesses últimos anos e encabeçado principalmente no setor de saúde e se expandido para seguros. A combinação de dados e processos mitiga o risco e a exposição a uma fraude, ao mesmo tempo que não incremente a complexibilidade ao cliente final.
Mas a tecnologia não está sendo utilizada somente para prevenção a fraude, ela também vem de encontro na agregação de valor ao cliente final. Através do enriquecimento e uso da base dados, é possível ter um entendimento mais profundo do cliente e com essa profundidade podemos hipersonalização serviços e produtos. O mercado ganha com isso a fidelização do cliente, em eficiência nos processos e produtos.
A seguradora que tiver atrelada a sua estratégia o uso de tecnologia aos processos envolvendo as pessoas no caminho catalisa e impulsiona os seus demais objetivos estratégicos.
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3. Desafios e Oportunidades Tecnológicas
A transformação digital é essencial para aumentar a eficiência operacional e agregar valor ao cliente final, porém as seguradoras encontram desafios significativos para alcançar esse fim.
O mercado está iniciando essa corrida e já percebe alguns desafios importantes a serem resolvidos, mas que se bem planejados e implementados de forma estruturante não serão um incômodo futuro.
Um dos desafios é a digitalização dos dados de apólice. Muitas seguradoras possuem um legado de apólices, com baixa informação preenchida ou ainda em formato de papel.
Dessa forma, para captar os dados da apólice, elas enfrentam um grande desafio de digitalização das documentações além de estruturar um novo processo totalmente digital.
Com uma abordagem de implementação de processos vinculada o uso da tecnologia é extremamente importante a participação de todos os envolvidos na jornada, para que assim possamos ter um cenário de tríplice ótima de integração da tecnologia, pessoas e dos processos.
Adicionalmente, o mercado segurador está no melhor momento para se desafiar a entrar nesse oceano, pois ainda se explora e testa as tecnologias. Com o “test and learning” é possível perceber o que agregará mais valor tanto para os clientes quanto corretores e qual é a tecnologia que melhor se adepta ao objetivo daquela seguradora.
O caminho para atingir esse cenário de estado da arte é tortuoso, mas não impossível se realizado de forma gradual e respeitando os próprios limites.
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4. Open Insurance: Próximos Passos e Impactos Reais no Mercado
O Open Insurance (OPIN) é um projeto que está transformando o mercado de seguros, permitindo uma maior inclusão digital e acessibilidade para todos os atores do ecossistema.
Apesar de haver alguns desafios dentro do projeto devido a sua complexidade, prazos regulatórios, diferentes participantes, o OPIN é uma nova oportunidade de canal para o cliente final conhecer e se conectar com as seguradoras.
O OPIN traz o cliente para o centro das operações, tornando-se assim o protagonista sobre suas escolhas de quais seguros e com quais seguradoras quer se fidelizar.
E a oportunidade do OPIN se expande também para as seguradoras e corretores, pois é possível ter um maior entendimento do cliente quando ele compartilha seus dados de apólice. Dessa forma é possível saber quais produtos e serviços o segurado utiliza e o que faz sentido ofertar.