Publicado originalmente em TechCripto
Ao unir habilidades humanas com a Inteligência Artificial, essas funções oferecem oportunidades de crescimento, inovação e vantagem competitiva para quem está preparado para esse novo cenário.
A ascensão da Inteligência Artificial (IA) não representa o fim do emprego humano, mas o início de uma nova era de funções híbridas, que combinam habilidades técnicas com a capacidade de trabalhar em sinergia com algoritmos.
A análise é de um empresário do setor de tecnologia, que acredita que a IA será uma aliada, não uma substituta, no ambiente de trabalho.
“Muitas carreiras serão “ampliadas” pela IA, e não extintas”, afirma Marcello Mussi, sócio da Peers Consulting + Technology.
Segundo ele, o mercado terá mais espaço para quem entende como usar a tecnologia a seu favor — como já ocorre com funções emergentes, como o prompt engineer (especialista em interagir com modelos de linguagem como o ChatGPT para extrair resultados mais eficazes).
Brasil aposta em IA com investimento bilionário
O Brasil já começa a se preparar para essa nova realidade. Em julho de 2024, o governo federal lançou o Plano Brasileiro de IA 2024–2028, com investimento de R$ 23 bilhões.
O plano prevê:
- Construção de data centers e supercomputadores nacionais;
- Criação de um centro de transparência algorítmica;
- Incentivos à capacitação profissional e à inovação tecnológica.
Mesmo com avanços importantes, o país ainda enfrenta desafios como falta de infraestrutura, conectividade limitada e baixa qualificação técnica da força de trabalho — obstáculos que o novo plano pretende atacar diretamente.
Setores mais impactados pela Inteligência Artificial
A transformação digital via IA já afeta setores estratégicos da economia brasileira. Áreas como:
- Finanças
- Varejo
- Indústria
- Educação
- Saúde
- Agronegócio
- Logística
…estão implementando soluções baseadas em IA para aumentar a produtividade, otimizar processos e personalizar serviços.
Contudo, o sucesso dessas mudanças depende menos da tecnologia em si e mais da preparação das empresas e dos profissionais.
Segundo dados recentes, 42% das empresas de tecnologia na América Latina citam infraestrutura de dados e governança como os maiores entraves para a adoção eficaz da IA.
IA: ameaça ou oportunidade?
Alerta o executivo:
Para ele, o profissional competitivo dos próximos anos deverá dominar tanto:
- Hard skills: programação, ciência de dados, cibersegurança;
- Soft skills: pensamento crítico, adaptabilidade, aprendizado contínuo.
Segundo o Relatório Futuro dos Empregos 2025, do Fórum Econômico Mundial, as habilidades mais demandadas serão pensamento analítico, alfabetização digital, flexibilidade e capacidade de reaprender constantemente.
Conclusão
O futuro do trabalho será dominado por funções híbridas com Inteligência Artificial, nas quais humanos e algoritmos atuam em conjunto para ampliar produtividade, inovação e eficiência. Profissões como prompt engineer exemplificam esse novo cenário, em que o domínio de ferramentas de IA se torna essencial para gerar valor nos negócios.
“As tarefas mecânicas e repetitivas tendem a ser majoritariamente automatizadas, enquanto o trabalho humano se concentrará em atividades que exigem criatividade, empatia, pensamento crítico e capacidade de gestão.”, finaliza Mussi.
Para se destacar na economia digital, será fundamental desenvolver competências técnicas como ciência de dados, programação e segurança cibernética, além de soft skills como pensamento crítico, adaptabilidade e aprendizado contínuo.
A requalificação profissional será constante, e a alfabetização em IA tão importante quanto o domínio de informática no passado.
Em resumo, conforme destacado por Mussi, a IA não substituirá empregos, mas transformará profundamente as carreiras.
O profissional do futuro será aquele capaz de trabalhar lado a lado com a tecnologia, adaptando-se às mudanças e extraindo o máximo de valor dos sistemas inteligentes.