Redes Sociais x logística: empresas buscam estratégias para atender a nova dinâmica do mercado

Peers Consulting & Technology

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Tempo de leitura 4 minutos

Categoria Supply Chain

Leia a matéria na íntegra em Portal Painel Logístico

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Gerenciamento de risco, investimento em tecnologia e diversificação de fornecedores são algumas das medidas que devem ser adotadas para evitar ruptura da cadeia de suprimentos e consequente insatisfação do cliente.

A explosão das vendas pelas redes sociais têm revolucionado a logística, trazendo tanto desafios quanto oportunidades para o setor. A crescente demanda por entregas rápidas e personalizadas exige das empresas uma maior eficiência e flexibilidade em suas operações. Além disso, a necessidade de gerenciar pequenos volumes e rotas variáveis têm impulsionado investimentos em tecnologia e soluções inovadoras, como sistemas de rastreamento em tempo real e centros de distribuição urbanos. Esses fatores estão redefinindo o panorama logístico e destacando a importância da adaptação para atender às expectativas dos consumidores modernos, que ficaram ainda mais exigentes após a pandemia.

Basta um acesso ao Instagram, por exemplo, para acompanharmos o volume de influenciadores contratados pelas marcas para alavancar as vendas. Em muitos casos, a viralização de um produto gera vendas expressivas em um curto período de tempo, exigindo um planejamento minucioso, de forma que a estratégia em busca de resultados positivos não tenha um efeito inverso.

Um levantamento da Nuvemshop mostra que foram realizados 437 mil pedidos no e-commerce de pequenas e médias empresas de varejo, diretamente pelas redes sociais. No ano passado, houve um crescimento de quase 250% em comparação a 2020. Ao mesmo tempo, dados da Tidio, plataforma de soluções de comunicação e automação, mostram que apenas 15% dos consumidores sabem como devolver itens comprados por meio de mídias sociais e 81% reclamaram da experiência do cliente com o social commerce.

E não para por aí. A indústria de marketing de influenciadores cresceu aproximadamente 21 bilhões de dólares em 2023 e as vendas globais pelas mídias sociais foram estimadas em 992 bilhões de dólares em 2022. Estima-se que até 2030 o valor das vendas de social commerce atinja mais de 8 trilhões de dólares, segundo a Statista. Ou seja, é preciso um olhar atento a esse novo mercado.

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A Peers Consulting & Technology é outra empresa cujas vendas online também estão no radar. A consultoria traz soluções relevantes, apontando, por exemplo, como a tecnologia é fundamental para conseguir reagir e escalar em tempo de suprir o pico de demanda.
“Sistemas estruturados e conectados trazem um imenso benefício, reagindo mais rápido e perdendo menos vendas”, explica o Associate
Senior Manager e Líder da Prática de Supply Chain, Marcelo Ikaro.

Entre as principais ferramentas, ele destaca Sistemas de Gestão de Cadeia de Suprimentos (SCM), análise de Dados e Inteligência Artificial, automação e robótica e plataformas de e-commerce e marketplaces. “A viralização de um vídeo ou uma postagem é difícil de ser prevista, de qualquer forma precisamos estar preparados para reagir a situações desse tipo. Isso também inclui planejamento flexível e adaptativo, colaboração com fornecedores, políticas e gestão de estoques, capacidade de produção escalável, parcerias e terceirizações”.

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Na GAG Reciclagem de Eletrônicos, após o aumento das vendas pelas redes sociais, foi feita integração dos sistemas de gestão das plataformas os da cadeia de suprimentos para que seja possível ter uma visão completa e em tempo real da demanda. “Temos implementado
processos mais ágeis e flexíveis para responder rapidamente às mudanças na demanda criadas pelas redes sociais. Na nossa Gestão de Relacionamento com o Cliente, geramos processos para responder mais rapidamente às consultas e reclamações enviadas por nossas campanhas nas redes sociais”, ressalta o gerente de Negócios, André Giuntini Martini. Desde 2019, a empresa atua no condomínio logístico da LOG CP.

Entre as estratégias utilizadas para evitar risco de ruptura da cadeia de suprimentos, está a diversificação de fornecedores e um nível de
estoque de segurança para produtos, garantindo que a demanda possa ser atendida mesmo em casos de aumento inesperado. Além disso, é
feito um planejamento contingencial e são utilizados sistemas de monitoramento em tempo real para rastrear o fluxo de produtos e identificar rapidamente quaisquer problemas ou gargalos.

“Também estabelecemos parcerias estratégicas com fornecedores e prestadores de serviços logísticos para garantir um fluxo contínuo de produtos e utilizamos tecnologias avançadas de previsão de demanda para um melhor planejamento”.

Na Liv up, startup de alimentação saudável, que faz parte da rotina dos maiores influenciadores do Instagram, por exemplo, toda semana a equipe operacional realiza um planejamento detalhado para os próximos 15 dias, organizando a distribuição de pessoal e seus
respectivos horários. Em momentos de grandes variações de demanda, como viralização inesperadas na internet ou picos de pedidos fora
do controle da empresa, são adotadas ações específicas, sendo a principal aumentar o intervalo entre a realização do pedido e a próxima data disponível para entrega.

“Isso nos permite ganhar tempo adicional para processar e separar os pedidos e evita que o cliente se frustre com o atraso da sua compra. Além disso, intensificamos as operações de separação e embalagem, e, se for o caso, ampliamos a equipe temporariamente para
atender ao aumento de volume”, afirma o gerente de Operações Logísticas da Liv up, Thiago Vasconcellos.

Entre as outras estratégias utilizadas para evitar a insatisfação dos clientes, estão ferramentas avançadas de previsão de demanda e um rígido controle de estoque em toda a cadeia de suprimentos. As medidas garantem que os Centros de Distribuição tenham um estoque de segurança
capaz de suportar variações drásticas na demanda, evitando problemas de desabastecimento.

“Em casos onde a demanda foge muito do esperado, especialmente para itens essenciais, optamos por acelerar a distribuição desses produtos. Isso é feito abastecendo os Centros de Distribuição diretamente a partir da fábrica, sem passar pelo operador logístico parceiro. Dessa maneira, os itens chegam mais rápido ao CD e podemos mantê-los ativos para vendas no nosso site”, completa o executivo.

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